Sem título
Tanto tempo sem escrever e agora venho para aqui armado em intelectual.
Epa, mas apetece-me escrever sobre a crise. A crise, mas não é a que todos falam nos telejornais e etc, quero escrever sobre a crise real.
Estou tentado a dizer que não há crise nenhuma. Ou se há, fomos nós que a semeámos, que a regámos, que a colhemos, mas que agora não conseguimos vender.
Um ou outro pensamento.
Não quero fazer parecer que sou a pessoa perfeita, que não sou. Mas pensem um bocadinho no nosso dia-a-dia.
Agora é fácil dizer que os bancos e as agências são as culpadas, mas eles só se aproveitaram dos chicos espertos. Querem dinheiro? 500€? Tomem lá 1000€ e paguem 500€ de juros em 3 anos!
As pessoas fizeram créditos para tudo e mais alguma coisa, sapatos, televisões, mp3. Os putos com 14 anos têm Blackberrys e roupa de marca porque se não são gozados. Os pais não vão passar férias há 10 anos porque não têm dinheiro, mas os filhos têm dificuldades na escola, são hiperactivos, têm 3 consolas, 2 telemóveis, 3000 amigos no facebook, etc.
Os um bocadinho mais velhos é vê-los nas greves, com um curso de Humanística, ou Estudos para a Paz, ou Direito (tirado na Lusofona, ou outra assim), com óculos de marca, a fumar ganzas, com telemóveis topo de gama, mas claro, desempregados desde que acabaram o curso porque o governo é que é o culpado por não haver cá emprego para eles.
Só falta falar nos carros e nas casas. As pessoas fizeram créditos malucos, para pagar uma casa num condomínio "in" porque mora lá o não sei quantos. O condomínio até tem ténis ou piscina, mas nunca para lá vão, porque não. Mas, têm uma Audi A4 à porta, trabalham a 15 km de casa, têm de ter um bom carro porque senão podem ficar avariados naquela viagem dos 15km um dia destes... A carrinha avaria depois da garantia, é preciso um arranjo de 600€ ou é preciso meter pneus, e não podem arranjar porque não têm dinheiro, mas a desculpa é: "a marca mandou recolher porque havia um problema electrónico que estão a resolver".
As pessoas viveram acima das possibilidades muitos, muitos anos. E agora muitos vão pagar por isso tudo. E outros ainda vão-se safar à grande na mesma. Mas cabe-nos a nós não nos resignarmos e andarmos com isto pá frente.
Agora pergunta para queijo e uma coisa que me faz confusão há uns anos:
- Porque é que nós fazemos IRS na era da Internet e das ligações por rede?
Era comprarmos o que quer que fosse, dar o NIF e tá feito. Nem era preciso gastar papel. Ia a informação directamente para as Finanças.
Será que querem continuar a levar banho? As pessoas juntam recibos umas das outras e apresentam as despesas umas das outras na altura de apresentar o IRS. Se houver fiscalização, os recibos não têm lá o NIF, é só apresentar e tá feito. Claro que tem de se apresentar uma nota ou outra para isto passar sem problemas.
Resposta Certa? Ou sou eu que estou com a teoria da conspiração e isto é só mau feitio?
1 comentário:
calma serpente venenosa!
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